O conhecido designer Isaac Mizrahi diz: «Costumava achar que o meu trabalho era criar um look novo, ousado e extravagante de seis em seis meses, conce...
bendo qualquer coisa fabulosa e bonita para os meus amigos e modelos.» Já não é assim. Presentemente, Mizrahi fica excitadíssimo quando uma loja esgota o stock. «Confeccionei este casaco de lã com presilhas, com um forro acolchoado cor-de-rosa, por cinquenta euros, e a Loja vendeu cerca de dezassete mil!»
É terrivelmente tentador desempenhar o papel do marginal impaciente. É divertido ser o grande pensador que não pára de lutar contra a burocracia, amargurado por as suas melhores ideias serem sempre rejeitadas ou arruinadas. Afinal, uma pessoa não pode ser criticada por ideias que nunca vêem a luz do dia e pode continuar a ser o génio secreto que pensa ser.
Chegamos a observar esta atitude na política, onde alguns pontífices fogem de uma ideia logo que ela está prestes a ser adoptada pela maioria. Contudo, é na tecnologia que encontramos mais frequentemente o síndrome do D. Quixote.
Eis um cabeçalho real da Internet: REALNETWORKS HELIX PLAYER PARA LINUX: AGORA COM OGG VORBIS E OGG THEORA
Ogg Vorbis é uma alternativa em código aberto ao formato MP3 para música online. O Linux é uma alternativa ao Windows. E o leitor RealNetwork é uma alternativa aos leitores fabricados pela Microsoft e pela Apple.
É fácil argumentar que o Linux é mais barato, mais rápido e mais fiável, constituindo uma alternativa válida ao monopólio da Microsoft. Mas será que o formato MP3 necessita realmente de um rival? A maior parte dos leitores não suporta o formato em código aberto Ogg Vorbis, pelo que a maior parte da música não está disponível neste formato. E os benefícios para o utilizador são, na melhor das hipóteses, mínimos. Contudo, existem por aí milhares de defensores acérrimos do Ogg Vorbis, que divulgam os melhores aspectos da sua alternativa em código aberto.
Segundo parece, o mais difícil é saber quando se deve lutar e quando se deve mudar de lado. Quando vale a pena abdicar da perfeição e fazer cedências para se conseguir vender?
Quando é que algo suficientemente bom é mesmo suficientemente bom?
Já pensou nos produtos que está a vender na sua empresa? São suficientemente bons?
Tem a certeza que os seus clientes os querem comprar?
Relembre: Fazer bem e bem feito, tudo, mas tudo o que fazemos!
Fale connosco, queremos ajudar a dinamizar as ideias que estão esquecidas na sua empresa…