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segunda, 16 julho 2012 00:00

Deite abaixo essa parede

Suponha que eu lhe tinha perguntado, em meados da década de 1980, o que era necessário, em seu entender, para derrubar o Muro de Berlim? O que teria dito? Posso imaginar a resposta. Talvez outra guerra mundial. Talvez uma aproximação multilateral e a longo prazo entre a Alemanha de Leste e a Alemanha Ocidental. No mínimo, uma qualquer intervenção no valor de milhares de milhões de euros. Foi com certeza neste tipo de cenário que pensaram todos os ditos especialistas da Europa Oriental. No que tocava às previsões sobre a duração de vida do Bloco de Leste, a CIA, o Departamento de Estado e o Pentágono não pensavam em termos de meses nem sequer de anos. Pensavam em décadas.
Contudo, o que aconteceu realmente? Em Setembro de 1989, um pequeno grupo de dissidentes em Leipzig, na Alemanha do Leste, realizou uma mani¬festação de protesto e, por razões que ninguém compreende inteiramente, a polícia não a dispersou. No dia seguinte, noutra cidade, outro grupo de dissi-dentes protestou e, dessa vez, a manifestação foi um pouco maior porque os participantes se sentiam encorajados pelo que acontecera em Leipzig. A polí¬cia dessa segunda cidade não interveio porque, depois de ter visto o que aconteceu em Leipzig, partiu do princípio de que não se esperava dela qual¬quer intervenção. No dia seguinte, houve mais outro protesto noutra cidade, um pouco maior do que o último e com uma polícia ligeiramente mais pas¬siva, e assim sucessivamente. Por toda a Alemanha de Leste, as manifestações foram-se tornando cada vez maiores e a polícia cada vez mais passiva até que um milhão de pessoas se juntou nas ruas de Berlim Leste em Outubro de 1989 e derrubou o Muro de Berlim, perante a passividade da polícia.
É provável que tenha sido a maior mudança a que todos nós assistimos durante a vida. Levou um mês, não custou nada e começou com um punhado de pessoas numa cidade que nunca ninguém identificará como berço de uma revolução.
Lembre-se disto da próxima vez que alguém lhe disser «Não pode ser feito».

Relembre: Fazer bem e bem feito, tudo, mas tudo o que fazemos!
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